terça-feira, 14 de maio de 2013

Festejamos ganhos e choramos perdas











Comemoramos a abolição da escravatura  e não  a ausência de escravidão, dias disso e daquilo. Festejamos ganhos  e choramos perdas. Sentimos cada período e isso é certo.
Escravidão da etnia? Será  que um grupo suas afinidades  de idioma, cultura os tornam tão assustadores que precisamos tirar sua  força escravizando-os.   Ou ainda talvez  por compormos raças diferentes,  lembrando que  este é um conceito para categorizar diferentes populações de uma mesma espécie biológica desde suas características físicas.       É comum o entendimento  de várias raças, nós compomos a raça humana uma classificação de ordem social. Embora com a evolução  começamos a dividir a população que compõe nossa raça com valores e significados distintos. Os mais comuns referem-se à  cor da pele, tipo de cabelo, ancestralidade, cultura, conformação facial e cranial genética entre outros...
Então a escravidão é da liberdade, hombridade,  felicidade... Quem são mesmo os prisioneiros aqueles que ficam ou ficaram em cativeiros de seus corpos ou os miseráveis que necessitam prender a alma de alguém para se  sentir  libertos.
Quando  disse  ficam...   ...pensei...   ...  em enfatizar os outros tantos cárceres que nos cercam...     ... às dependências, os pré - conceitos, a miséria de todas as formas,  a fome entre tantas as ausências, as ambições, os desamores, as desinformações, as doenças...
 Quais são então os tons da escravidão?
“Um dia uma moça pressionada pelo sistema de sua época  empunha  uma pena e assina a lei que governa a vontade “de “ todos”.  Vontade essa  que alardeia...     acabará  a reclusão para prestar serviços obrigatórios  do africano nesta terra.
Façamos como em um  conto de fadas todos os que até então não tinham vontades ou existiam passam a “ser”.  Mas ser o que mesmo? E aonde? Ela,  a moça esqueceu  de abolir o que seguiria  a indiferença, o desemprego e as muitas  dificuldades.
E os europeus que chegam nesta terra também chegam assustados, esperançosos e de alguma forma expulsos pelos seus conterrâneos.  Não seria esta também uma forma de escravidão. Menos brutal certamente, mas também uma exclusão.
Mas são essas imposições que ocorreram  neste país que o tornaram absurdamente  rico com vontade e capacidade de crescer. Não contavam com o povo  resiliente  que seria formado com a farta mistura que aqui se formava. Os nativos e os que aqui chegaram por imposição ou opção e o adotaram.
Hoje somos   índios-africanos- imigrantes  todos juntos  abandonando  os hábitos nada nobres da colônia e tentando   adaptar  a modernidade  com os costumes que nos lembra não  só uma cor, religião, nacionalidade, somos sim  tudo isso, mas principalmente “o que queremos ser”.                            

                                                                                                                                                              Karem Medeiros




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