quinta-feira, 27 de junho de 2013

A verdade de cada um



Tenho um grande paradoxo dentro de mim e essa contradição      é que me move rumo à incessante procura pela minha verdade.


    Na realidade essa sensação de contraposição não é uma prerrogativa da minha humilde pessoa. A grande maioria dos seres humanos sente-se assim. Reflexo dos nossos dias.         
Avanços tecnológicos antes sequer imaginados, criados pela inesgotável lucidez da mente humana como forma de proporcionar mais conforto, conhecimento, cura, longevidade, qualidade de vida.
        Do outro lado da margem da tecnologia, o seu próprio criador, o
homem, triste, amargurado com tantas facilidades e com tanta solidão ao mesmo tempo, com o distanciamento de seus pares apesar da proximidade com àqueles proporcionado pela internet, mergulhado na vaidade de suas conquistas, mas sem ninguém com quem compartilhá-las. Viraremos seres desprovidos de sentimentos? A robótica está tentando isso há tempos...     
        Alguns chamam essa complexa sensação de depressão. “Fulano tá deprê”, dizem. Tá nada. Tá é sentindo solidão mesmo, ainda que rodeado de gente. A solidão é um estado - eu diria um estado de espírito mesmo - que independe dos outros, independe do nosso grande amor, do amor incondicional dos filhos ou dos pais.

       Depressão, até aonde se sabe, é uma reação química ou algo que o valha (não sou profissional da medicina), que ocorre no cérebro. A depressão está associada à falta ou exagero de componentes químicos em nosso cérebro, o qual comporta mensageiros químicos - como a serotonina e a norepinefrina - chamados neurotransmissores. Esses mensageiros ajudam a controlar as emoções. Quando os neurotransmissores estão equilibrados sentimos a emoção certa para cada ocasião. Quando alguém está deprimido, os mensageiros químicos estão desequilibrados. Isso significa que o “caboclo” pode se sentir triste quando deveria estar alegre.
       O problema é que os sintomas da depressão são muito parecidos com os da tristeza, a solidão de si mesmo...daí o termo “o mal do século XXI”.
        Deus do céu! Esse mal povoa a terra desde a sua existência!





Como podem ter a pretensão de achar que é deste século apenas? O ser humano sempre teve a ânsia de se expressar, de deixar fluir seus sentimentos, suas vivências, seus conhecimentos, mas sempre foi tolido, seja por questões políticas, religiosas ou filosóficas. É só lembrarmos das nossas irmãs "bruxas"...Toda essa repressão não poderia ter gerado outro sentimento que não o de solidão. O vazio de nossos mais genuínos valores. A solidão de nós mesmos...E ainda têm a coragem de equiparar essa ausência de nós mesmos, à pobre depressão...



De qualquer sorte, seja o que for o mal do século, tristeza ou depressão, temos de celebrar a vida. Tem muita vida pra ser experimentada. Penso que podemos ser tantos personagens quantos quisermos ser numa mesma existência. Cada um deles, certamente fará parte de nós, do nosso universo particular. Neste ponto, tenho uma certa “inveja branca” – se é que existe inveja boa - dos atores. Eles sim podem exercitar seus personagens pessoais sem culpa, mascarados em seus personagens fictícios, mas não menos afetados que nós, pobres mortais, pela sua própria verdade. 

A verdade de cada um.                               Sidamayá Bianchi Alcântara



De qualquer forma, a nossa essência deve permanecer a mesma, ainda que com adaptações e resiliências inerentes ao momento vivido pelo ser humano. Então apresento algumas das formas onde busco possibilidades e faço novas escolhas a arte a expressão aqui em algumas costurinhas.      Sida






Patchwork - minha nova, velha paixão!  

Boneca Tilda feita em algodão cru. A Tilda é uma criação da estilista norueguesa Tone Finnanger e tem como características, a fluidez das sílfides. Geralmente aparece na forma de anjo, com asinhas, mas também se apresenta como simples meninas ou mocinhas delicadas e românticas.
Adoro as Tildas! 


Minha primeira filha do patchwork!!!! Tilda, Matilda (nome dado pela minha pima Karem Medeiros, a madrinha...kkkk). 
Sidamayá








Essa necessaire charmozinha fiz à noite (madruga...adoro costurar de madrugada!!!) para minha irmã Mágali Bianchi Alcântara, espero que ela goste! Necessaire em algodão medindo 28 cm de largura x 46 cm de altura, com matelassê e apliques de botões, fita ouro velho e bordado inglês branco.
Sidamayá


                          

Fofurinhas de patchwork- necessaires
Sidamayá



Queridos amigos(as) passo para agradecer  sua presença por aqui e registrar que o DonnaBella foi criado com um propósito descrever as necessitudes humanas, convivências, relações e práticas através de nossa ótica.  
Descrever nossas falhas, habilidades e competências a partir de nossas experiências, erros e acertos. Podemos apresentá-las aqui como descrição literal, metafórica, releitura ou poética. 
Hoje uma página da Sida com o nosso apreço pois ela traz o texto e contexto do ser humano que se reconstrói a medida que aceita as limitações e recria um outro jeito assim que percebe sua verdade.
Abraço até o próximo post!                                            Karem Medeiros

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