Hoje eu queria expressar
minha imensa dificuldade em entender e ao mesmo tempo lamentar a mutação que
vem sofrendo o comportamento nacional dilacerando falas diárias que trocaram substantivos,
adjetivos, verbos e demais elementos gramaticais por palavrões. E não são
palavras grandes, são “chulas”.
Frases inteiras com
vocabulário ofensivo do início ao fim, compõem conversas, músicas e o
cotidiano.
Tentando dar alguma
significação para o momento busco o
pensamento mítico.
Lá no teatro grego acompanhando
a lógica do concreto no sentido de não
haver a ideia de representação em relação à vivência humana.
Desse modo, o teatro grego expressava, sob a forma da
criação artística, o viver humano em todas as suas dimensões: do amor ao ódio,
do perdão à vingança.
Teatralmente seria até
interessante, mas trocamos literalmente o tradicional e velho hábito de falar
fluentemente e naturalmente a língua matri por reações verbais quase brutais. É
Cruel!
Quando pessoas ditas “cultas”,
“eruditas”, fazem uso desse recurso maior é a tragédia é como se tirassem férias
de seu papel “tradicional”.
Como em cena se desfaz o personagem.
Como em cena se desfaz o personagem.
Sempre ao ver tal disparate
penso: - Essas palavras expressam os sentimentos desse ser em relação a ele (a)
e a vida e não a quem ele (a) dirige a fala.
É nesse aspecto da expressão da vivência em seu estado original que podemos relacionar teatro e Filosofia não somente na dimensão do belo, mas, antes, na preocupação com o Logos, isto é, com o processo significativo ou racional do Cosmos. Heráclito (500 a.C.), como um dos fundadores do pensamento filosófico, desenvolveu a ideia do homem acompanhar a racionalidade das coisas em sua totalidade.
É nesse aspecto da expressão da vivência em seu estado original que podemos relacionar teatro e Filosofia não somente na dimensão do belo, mas, antes, na preocupação com o Logos, isto é, com o processo significativo ou racional do Cosmos. Heráclito (500 a.C.), como um dos fundadores do pensamento filosófico, desenvolveu a ideia do homem acompanhar a racionalidade das coisas em sua totalidade.
Mesmo que racionalidade nem
sempre seja a habilidade mais realçada ou refletida pela nossa espécie embora
seja a que a distinga.
Espero sinceramente que a sua totalidade de nossa espécie reaja a este “modismo”.
Espero sinceramente que a sua totalidade de nossa espécie reaja a este “modismo”.
Será que diminuímos nossa
capacidade de entender e representar a realidade e expressá-la por palavras?
Ou estamos incorporando a nossa língua uma avalanche de expressões que codificam realmente o que somos?
Realmente anseio que as interrogações sejam falsas e que este seja um fenômeno isolado e que não ganhe proporção maior. Karem Medeiros
Ou estamos incorporando a nossa língua uma avalanche de expressões que codificam realmente o que somos?
Realmente anseio que as interrogações sejam falsas e que este seja um fenômeno isolado e que não ganhe proporção maior. Karem Medeiros
Com afetividade é tão mais simples!
Abraço até o próximo post. karem
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