Estão na moda as
fotos em série, com filtro, edições que transferem para um mundo real o imaginário
transfigurado de perfeição. O que seria
a perfeição? A perfeição pode ser transcrita pela aparência singular de quem
está bem consigo e com o mundo no momento específico em que encontra a
felicidade. Não necessariamente o bonito plástico sem imperfeições, mas a sua
alegria de ser. E este momento pode durar tempos mesurados de formas diferentes:
contagem de horas, de sorrisos ou de segundas, sextas ou sábados.
E esses momentos inspiram roteiros de cinema. Nem
sempre o que esta sendo exibido nos cinemas é o que gostaríamos de assistir,
drama, ação, comédia, documentários, romances, suspense, comédia romântica e
ficção.
Se as escolhas do que
vai ficar em cartaz fosse sempre opcional acredito que escolheria aquela que conta
a história de pessoas que se importam, que se buscam, que curtem ficar de mãos
dadas, que fazem as coisas agradáveis e desagradáveis juntas, que trocam beijos
e carinhos por gostarem de estar unidas. Que quando próximas à conversa flui e o
tempo lhes é precioso, inigualável...
A individualidade tem
de ser respeitada sempre, mas todo o egoísmo e narcisismo disfarçado de narração
vazia, de desculpas perdidas em horas de descaso, ausências, deixam soltas as emoções.
Apostamos no roteiro,
na direção, no caminho percorrido pelos atores, e queremos que tudo acabe bem,
mas nem sempre os melhores filmes terminam com um final desejado. Aliás, muitos
filmes excelentes não tem o fim perfeito, a narrativa sublime, cada personagem
segue com uma sensação de ter deixado
algo para trás...
E a vida segue.
Karem
Medeiros
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