segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Ranhuras de uma existência






                         

                                              São características latentes em nossos dias as falas sobre  sustentabilidade,  preservação dos recursos, concordo, discordo depende de quem e o que fala, são tantos discursos, diferentes iguais, vazios,  competentes...
Quem são os falantes?  Quem são os locutores, escritores, atores desses discursos, textos...  Sou eu, você, nossos antepassados, nossos predecessores. Muda uma palavra aqui, outra ali entra os vocábulos da moda, ou do período...  Mas a busca audaciosa e veloz da perfeição, da felicidade, do amor, da vida eterna...  Onde estão? O que buscamos?

Buscamos... Onde não a tempo de notá-los... Os instantes perfeitos que passamos felicidades tão rápidas que tiram o fôlego, mas será momentâneo, o amor que passou por nós de forma tão límpida que não o reconhecemos e até por vezes o rejeitamos, a vida que é sempre eterna enquanto vivida. Se vivida de forma intensa e digna com as ranhuras de uma existência será lembrada por outrem.  
 Mas quem “é” então?
                                           Somos expectadores de uma existência proclamada e criada por indivíduos para as massas, queremos o sol, a terra, o ar e o mar... 
Limpos, belos, prontos para a selfie ou a foto em qualquer espelho não importando se o refletido é real ou não real. Desde que tenhamos ou pareça muito conforto, não importa para quantos ou por quanto...

 Tem de parecer  “perfecto”.

Explique-se...
As mesas deverão ser fartas e as conexões rápidas, sendo que muitos desconhecem as regras das refeições, pois elas nunca lhes chegam e as redes (não são só as sociais) se desdobram em corrupção, extorsão, manipulação. E  humilhados e ofendidos pelo  poder ou simplesmente a necessidade de se fazer “popular” é o desejo que a minoria impõe a maioria que se submete  a esfoliação.  O que nos resta então? 

Resta-nos  a reflexão, a ação maior que a proclamação, o exemplo e não só a descrição, a vivência e não só a inquietação, a preocupação com todos, com a multidão e não só com o que dá IBOP ou Likes na curtição. 




A auto preservação sempre foi a maior característica da humana condição. Não podemos negar todos os fatos que a história vem a relatar, mas ainda dá para alterar o que ela irá registrar. Basta saber quem são?  Quem são os que vão continuar o que ai está? E quem são os que irão à realidade atual alterar?  Certamente não Eu... 
Quem sabe você?                                                       Karem Medeiros


Nenhum comentário:

Postar um comentário