quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Será?




          A linguagem oral é uma forma simples de comunicação...  Será?
          Ouvimos o que falamos? Temos noção das palavras proferidas?
          Nos meus escritos transito sempre pelo dia a dia, nos caminhos percorridos pelo meu cotidiano.  
          Talvez neste momento eu esteja escutando mais do que ouvindo...
           Quem sabe?
Mas o fato que me inquieta no momento é acreditar o quanto banalizamos o SER. Não me parece ser possível  que o que se tem  dito  como referência  aos outros , não esteja intimamente ligado ao que se tem medo de  admitir como característica pessoal.
          Ou que tais palavras não manifestem  um “barulho” interno. Assim sendo...
            Decidi  em um rompante que farei  uma campanha solitária contra os depreciativos  sempre que me for possível. É certo que este é um trabalho árduo, pois é tão mais fácil aniquilar do que construir.
            E começarei com as palavras proferidas como ofensas verbais, sempre que ouvi-las tentarei substituí-las em uma fala cordial por expressões altruístas e não chavões pejorativos.

            Talvez, só talvez, você esteja pensando, porque tudo isso? Qual a finalidade...
           São apenas xingos, desabafos que as pessoas fazem por indignação, formas de expressar  seus desencantos. São palavras ao vento. Ok! Compreendido.
             Mas o que busco é a gentileza.
             Que os ventos soprados nos tragam coerência entre o que é dito e o que é feito.
            Existem  tantas inovações, soluções mágicas para resolver qualquer situação. Criou-se um  falso senso de que pode-se tudo, até ser grosseiro, com a desculpa de que isso é ser sincero.
             Do latim sine cera (sem cera), límpido transparente.  Será? Proponho a liberdade de expressão sem aniquilação, com a propriedade de quem se diz sem ferir.
De quem fala a outro IGUAL, respeitando suas diferenças. É tão simples, fácil e possível.
Como  esquecemos, não sei.
           Mas cansei de conviver e ouvir tanta aspereza.
          Farei por aqui minha pequena revolução, meu poder de combate será a ponderação,            o bom senso, a esperança, a fé e a certeza de que é melhor fazer pouco do que não fazer nada.
E você junta-se ao meu front? 
Será?   
                         
Karem Medeiros
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário