A linguagem oral é uma forma simples de comunicação... Será?
Ouvimos o que falamos? Temos noção das palavras proferidas?
Nos meus escritos transito sempre pelo dia a dia, nos
caminhos percorridos pelo meu cotidiano.
Talvez neste momento eu
esteja escutando mais do que ouvindo...
Quem sabe?
Mas o fato que me inquieta no momento é acreditar o quanto
banalizamos o SER. Não me parece ser possível que o que se tem dito como
referência aos outros , não esteja
intimamente ligado ao que se tem medo de admitir como característica pessoal.
Ou que tais palavras não manifestem um “barulho” interno. Assim sendo...
Decidi em um rompante
que farei uma campanha solitária contra
os depreciativos sempre que me for
possível. É certo que este é um trabalho árduo, pois é tão mais fácil
aniquilar do que construir.
E começarei com as palavras proferidas como ofensas verbais,
sempre que ouvi-las tentarei substituí-las em uma fala cordial por expressões
altruístas e não chavões pejorativos.
Talvez, só talvez, você esteja
pensando, porque tudo isso? Qual a finalidade...
São apenas xingos, desabafos que as pessoas fazem por indignação,
formas de expressar seus desencantos. São
palavras ao vento. Ok! Compreendido.
Mas o que busco é a gentileza.
Que os ventos soprados nos tragam coerência entre o que é
dito e o que é feito.
Existem tantas
inovações, soluções mágicas para resolver qualquer situação. Criou-se um falso senso de que pode-se tudo, até ser
grosseiro, com a desculpa de que isso é ser sincero.
Do latim sine cera (sem cera), límpido transparente. Será? Proponho a liberdade de expressão sem aniquilação, com a propriedade
de quem se diz sem ferir.
De quem fala a outro IGUAL, respeitando suas diferenças. É
tão simples, fácil e possível.
Como
esquecemos, não sei.
Mas cansei de conviver e ouvir tanta aspereza.
Farei por aqui minha pequena revolução, meu poder de
combate será a ponderação, o bom senso, a esperança, a fé e a certeza de que é melhor
fazer pouco do que não fazer nada.
E você junta-se ao meu front?
Será?
Karem Medeiros
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