As transições, aquelas mudanças
que nos pegam de surpresa e geralmente são abruptas. Durante nossas
vidas, existem acontecimentos que nos exigem reorganizações pessoais e relacionais
mais ou menos intensas. E são estes acontecimentos de vida que vimos como transições
desenvolvimentais. Nosso dia a dia é
composto de transições. Em fases diferentes e com complexidades distintas, quando rompemos a rotina ela parece mais
atenuada, mas quando a rotina é rompida de forma súbita somos levados a picos de instabilidade física e emocional.
O ser humano é movido por
transições e desafios de
acordo com algumas perspectivas sobre o desenvolvimento. São as exigências
feitas e as oportunidades abertas pelos vários acontecimentos de vida que
constituem influências predominantes de cada pessoa ao longo de sua existência e
o impulsionam a um crescente intelectual e emocional.
Geralmente as pessoas que não
acompanham essas transformações ou as transições de forma direta, por medo de saírem
de sua zona de conforto são temerárias as mudanças, preferem o igual, o medíocre
e o certo.
Quanto ao desenvolvimento humano este é um processo de
construção contínua que se estende ao longo da vida dos indivíduos, sendo fruto
de uma organização complexa e hierarquizada que envolve desde os componentes orgânicos
até as relações sociais.
As escolhas do indivíduo são
feitas dentro de certos padrões e limites, condicionadas pelos processos de
construção histórico e social.
Temos ainda aqueles indivíduos que
apenas assistem e fazem juízo de valor, recriminam temem a incerteza e o
possível erro os assombra.
Estes serão coadjuvantes disfarçados
de estrela. Jamais tentaram algo seu, viverão as sobras das criações alheias,
celebrando os acertos como se fossem seus e recriminando os erros de terceiros por
se acharem superiores em sua inferioridade.
Para quem experimenta e tenta a
transição a certeza de que as
experiências e condutas regulam e direcionam o desenvolvimento humano para
certas trajetórias em um processo de
construção e negociação contínuo entre o “eu e o outro”, o “outro e o outro”, e
o “outro e o ambiente”.
Considerar o desenvolvimento a
partir das trajetórias diz respeito,
exatamente, à compreensão de que a relação entre continuidade e descontinuidade
se constrói por meio da relação entre sistemas, indivíduos, que afetam-se e se transformam mutuamente no
decorrer do tempo. Não existe caminho que não tenha um final e cada um traça a
sua jornada constrói suas relações, suas convicções e assim se pavimenta um
mundo mais digno com a beleza da transição esculpida nos detalhes.
Uma vida, uma empresa, uma existência linear, não tem construção, não tem poesia, ela apenas sobrevive!
Uma vida, uma empresa, uma existência linear, não tem construção, não tem poesia, ela apenas sobrevive!
Deus nos mostra a transição ao nascer e ao pôr do sol todos os dias. Da claridade
suave da manhã a intensa luz solar ao meio do dia e o breu da noite. Fenômeno
natural e repetitivo que nos lembra de que tudo tem emoção, é cíclico, contínuo
e transmuta. Sempre com o olhar cuidadoso do PAI.
Karem Medeiros
Boa semana!
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