segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

O ser humano é movido por transições e desafios de acordo com algumas perspectivas sobre o desenvolvimento.








               As transições, aquelas mudanças que nos pegam de surpresa e geralmente são abruptas. Durante nossas vidas, existem acontecimentos que nos exigem reorganizações pessoais e relacionais mais ou menos intensas. E são estes acontecimentos de vida que vimos como transições desenvolvimentais. Nosso dia a dia  é composto de transições. Em fases diferentes e com complexidades distintas,  quando rompemos a rotina ela parece mais atenuada, mas quando a rotina é rompida de forma súbita somos levados a picos de  instabilidade física e emocional.
             O ser humano é movido por transições e desafios de acordo com algumas perspectivas sobre o desenvolvimento. São as exigências feitas e as oportunidades abertas pelos vários acontecimentos de vida que constituem influências predominantes de cada pessoa ao longo de sua existência e o impulsionam a um crescente intelectual e emocional.
            Geralmente as pessoas que não acompanham essas transformações ou as transições de forma direta, por medo de saírem de sua zona de conforto são temerárias as mudanças, preferem o igual, o medíocre e o certo.
            Quanto ao  desenvolvimento humano este é um processo de construção contínua que se estende ao longo da vida dos indivíduos, sendo fruto de uma organização complexa e hierarquizada que envolve desde os componentes orgânicos até as relações sociais.
              As escolhas do indivíduo são feitas dentro de certos padrões e limites, condicionadas pelos processos de construção histórico e social.
             Temos ainda aqueles indivíduos que apenas assistem e fazem juízo de valor, recriminam temem a incerteza e o possível erro os assombra.
              Estes serão coadjuvantes disfarçados de estrela. Jamais tentaram algo seu, viverão as sobras das criações alheias, celebrando os acertos como se fossem seus e recriminando os erros de terceiros por se acharem superiores em sua inferioridade.
              Para quem experimenta e tenta a transição a certeza de que  as experiências e condutas regulam e direcionam o desenvolvimento humano para certas trajetórias  em um processo de construção e negociação contínuo entre o “eu e o outro”, o “outro e o outro”, e o “outro e o ambiente”.
               Considerar o desenvolvimento a partir das trajetórias  diz respeito, exatamente, à compreensão de que a relação entre continuidade e descontinuidade se constrói por meio da relação entre sistemas, indivíduos, que  afetam-se e se transformam mutuamente no decorrer do tempo. Não existe caminho que não tenha um final e cada um traça a sua jornada constrói suas relações, suas convicções e assim se pavimenta um mundo mais digno com a beleza da transição esculpida  nos detalhes. 
                 Uma vida, uma empresa, uma existência  linear, não tem construção, não tem poesia, ela apenas sobrevive!
                   Deus nos mostra a transição ao nascer e ao pôr do sol todos os dias. Da claridade suave da manhã a intensa luz solar ao meio do dia e o breu da noite. Fenômeno natural e repetitivo que nos lembra de que tudo tem emoção, é cíclico, contínuo e transmuta. Sempre com o olhar cuidadoso do PAI.
                                                                                                     Karem Medeiros






Boa semana!

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Como quem costura ponto a ponto um tecido precioso...





           



              Os dias passam e a vida vai transcorrendo na cidade em movimentos frenéticos, ruídos ensurdecedores ou silêncios internos absolutos. Dois mil e treze organiza a festa de despedida fazendo as honras já para dois mil e quatorze que se aproxima cheio de esperança e promessas de dias melhores, um novo calendário com prelúdios que serão compostos ao longo de 365 possibilidades zero bala.

              Foi com esse “time” de uma construção permanente da existência  como quem costura ponto a ponto um tecido precioso que ontem  encontrei  com amigos queridos.

             Esses encontros energizam as próximas luas como contavam sabiamente nossos antepassados, inundando nosso ser de acalento pelo som de vozes conhecidas e conversas cruzadas, pouco tempo muitas histórias, tudo junto e misturado como uma janela que se abre para o amanhecer e nos deixa mudo pela complexidade e simplicidade. 

             Quando amanhã voltarmos às rotinas estará enriquecida  nossa força para o que virá, esperando, correndo, inventando, sonhado...   
Sonhos novos, sonhos velhos...

              Sabemos que  muitas coisas passaram , mudaram, se reinventaram e esse é o grande barato, o ano, o mundo mudou, nós mudamos, mas em nossas mudanças optamos por continuar a cultivar-nos. 

             Cultivo esse que se dá pelo simples fato de sermos interessantes pelo que somos por nos importarmos uns com os outros, com o bem do outro...      ...o cuidar, o estar por alguns momentos na companhia sincera e despretensiosa do outro. 

             Parece-me então que os preparativos para o final dessa tempestade chamada 2013, se consolida com a paz de uma chuvinha de verão, aclimatada com os ventos  valiosos que aromatizam relações e  no  final o sol sai resplandecente, ninguém interfere nos desígnios de DEUS. 
                                                                           
            



                                                                 Karem Medeiros