Dias
como hoje me são um acalento, temperatura agradável, chuva... E o vento batendo nas árvores com delicadeza
e sensualidade, as gotÃculas de água escorrem pelas folhas e se misturam com as
de chuva insistente. Momentos
que me constituem e lembram quem e o que
sou, Nada diferente dos demais humanos...Mas como a necessária chuva ao solo e
ao florescer, vou na contramão dos dias de sol, não tenho nenhuma necessidade
de agradar à ninguém, busco ser o mais autentica possÃvel, embora muitas vezes
os ventos me soprem para além do que eu acredito em uma convenção social.
Quando todas as minhas verdades
não podem ser externadas passo pelo processo interno de calmaria precipitada
para armação de temporal... Eu me identifico profundamente com você domingo
chuvoso e não há nada de triste ou deprimente nisso, apenas um ato cônscio.
Dias assim me trazem ao âmago do meu ser, me permitem a reflexão, nem todos conseguem,
é um exercÃcio doloroso e necessário. Tenho minhas peculiaridades, entre meus
acertos e erros, levezas e loucuras, a licença poética e o autoconhecimento. O
sol está logo ali acima das nuvens, Meu respeito astro rei, me permita um tempo
maior fique um pouquinho mais aÃ... Preciso trabalhar este vendaval interno
enquanto o mundo esbraveja a sua ausência neste dia, lhe agradeço o afastameto,
já que tenho de ficar por aqui em solo terráqueo sem poder “subir” minha escada
para Marte. Karem Medeiros
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