domingo, 12 de março de 2017

Na contramão





                            
   Dias como hoje me são um acalento, temperatura agradável, chuva...  E o vento batendo nas árvores com delicadeza e sensualidade, as gotículas de água escorrem pelas folhas e se misturam com as de chuva insistente. Momentos que me constituem e  lembram quem e o que sou, Nada diferente dos demais humanos...Mas como a necessária chuva ao solo e ao florescer, vou na contramão dos dias de sol, não tenho nenhuma necessidade de agradar à ninguém, busco ser o mais autentica possível, embora muitas vezes os ventos me soprem para além do que eu acredito em uma convenção social.
 
Quando todas as minhas verdades não podem ser externadas passo pelo processo interno de calmaria precipitada para armação de temporal... Eu me identifico profundamente com você domingo chuvoso e não há nada de triste ou deprimente nisso, apenas um ato cônscio. Dias assim me trazem ao âmago do meu ser, me permitem a reflexão, nem todos conseguem, é um exercício doloroso e necessário. Tenho minhas peculiaridades, entre meus acertos e erros, levezas e loucuras, a licença poética e o autoconhecimento. O sol está logo ali acima das nuvens, Meu respeito astro rei, me permita um tempo maior fique um pouquinho mais aí... Preciso trabalhar este vendaval interno enquanto o mundo esbraveja a sua ausência neste dia, lhe agradeço o afastameto, já que tenho de ficar por aqui em solo terráqueo sem poder “subir” minha escada para Marte.    Karem Medeiros