No sábado pela manhã no
calçadão da cidade...
Tão repleto ficou meu
coração ao ver um jovem empunhando seu
violão , tendo como mira os pensamentos livres, a possibilidade de arrebatar
conformados com uma ideia, e dizendo não tem de ser assim. Para ele suas
revoluções são múltiplas. Próprio da tenra idade. São suas munições de batalha:
as palavras, as letras e em momentos de
mano a mano a voz. Temos pensamentos divergentes, iguais, depende do assunto e
do momento, o mais importante, ambos continuamos tentando mudar, fazer
diferente...
E esse mesmo músculo bate
descompassado no meu peito, quase sem força ao ver um contingente expressivo de
profissionais formadores de opinião, amedrontados, esquivos, defensivos. Entendo!
Não é fácil sofrer ameaças, cortes, desvalorização ano a ano. Peço licença para um raciocínio primário somos entorno de 80 mil profissionais
ativos. Será que se a categoria unida parasse o governo tomaria qualquer medida
contra esse montante de trabalhadores?
E se parar significa ser...
Cortado...
Amigo professor você já não
esta sendo privado/cortado do seu misero salário quando ele é parcelado, suas
contas acumulam juros, e você é insultado por cidadãos que te perguntam: Tu não
vai trabalhar?! Eu devolveria a questão.
O Senhor no meu lugar iria?
Pois então... As falas mais comuns...
Não há dinheiro! É uma crise...
Sim! É uma crise de valores,
ética e moral.
E essencialmente política
partidária.
A mídia preocupadíssima com
a comunidade e com os jovens e crianças sem aula eu perguntaria... Onde vocês
estão quando esses mesmos alunos ficam sem professores por um longo tempo por
não atendimento do Estado? Ou ainda quando falta material, chove como em lugar
aberto, a estrutura ou a violência
externa gera falta de segurança oferecendo
risco a estes estudantes e professores ...
E mesmo assim esses profissionais
fazem junto a suas escolas e alunos
mostras multiculturais, saraus literários, atividades culturais e os chamam...
Vocês não comparecem, essas atividades do bem não dão audiência. Então
respeitem a nossa causa!
Vamos organizar as falas e as atitudes e tentar dar
destaque por realizações e não por opiniões forjadas que desinformam e alienam.
Amigos se os caminhos fossem
sempre os mais fáceis, certamente não haveria mudanças nunca, e nossas
sociedades ainda seriam formadas por uma minoria de alfabetizados. Se com todo
avanço estrutural e tecnológico, nos deparamos com situações medievais. Imaginem
colegas se não resistirmos. Lembrem-se: “Não basta para ser livre ser forte, aguerrido e bravo. Povo que não
tem virtude acaba por ser escravo”. A ideia nota 10 agora é resista à pressão!
Faça a sua parte nessa história. Quando eu voltar para a sala de aula e olhar
para aquele aluno que logo reconheci defendendo suas convicções em praça
pública(músico informal), com sua música que eu possa ter a dignidade de não só
transmitir conteúdos, mas trocar informações e construir o verdadeiro conhecimento.
Neste momento essas são as minhas, ações e interações. Deixo uma solicitação respeito,
dignidade e reconhecimento a todas as categorias, a minha também! Karem Medeiros
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