segunda-feira, 16 de maio de 2016

É uma crise











No sábado pela manhã no calçadão da cidade...
Tão repleto ficou meu coração ao  ver um jovem empunhando seu violão , tendo como mira os pensamentos livres, a possibilidade de arrebatar conformados com uma ideia, e dizendo não tem de ser assim. Para ele suas revoluções são múltiplas. Próprio da tenra idade. São suas munições de batalha: as palavras, as letras e em momentos  de mano a mano a voz. Temos pensamentos divergentes, iguais, depende do assunto e do momento, o mais importante, ambos continuamos tentando mudar, fazer diferente...
E esse mesmo músculo bate descompassado no meu peito, quase sem força ao ver um contingente expressivo de profissionais formadores de opinião, amedrontados, esquivos, defensivos. Entendo! Não é fácil sofrer ameaças, cortes, desvalorização  ano a ano. Peço licença para um raciocínio  primário somos entorno de 80 mil profissionais ativos. Será que se a categoria unida parasse o governo tomaria qualquer medida contra esse montante de trabalhadores?
E se parar significa ser... Cortado...  
Amigo professor você já não esta sendo privado/cortado do seu misero salário quando ele é parcelado, suas contas acumulam juros, e você é insultado por cidadãos que te perguntam: Tu não vai trabalhar?!  Eu devolveria a questão. O Senhor no meu lugar iria?
Pois então...  As falas mais comuns...
Não há dinheiro! É uma crise...
Sim! É uma crise de valores, ética e moral.
E essencialmente política partidária.
A mídia preocupadíssima com a comunidade e com os jovens e crianças sem aula eu perguntaria... Onde vocês estão quando esses mesmos alunos ficam sem professores por um longo tempo por não atendimento do Estado? Ou ainda quando falta material, chove como em lugar aberto, a estrutura ou  a violência externa gera  falta de segurança oferecendo  risco  a estes estudantes e professores ...  
E mesmo assim esses profissionais  fazem junto a suas escolas e alunos mostras multiculturais, saraus literários, atividades culturais e os chamam... Vocês não comparecem, essas atividades do bem não dão audiência. Então respeitem a nossa causa!
Vamos  organizar as falas e as atitudes e tentar dar destaque por realizações e não por opiniões forjadas que desinformam e alienam.
Amigos se os caminhos fossem sempre os mais fáceis, certamente não haveria mudanças nunca, e nossas sociedades ainda seriam formadas por uma minoria de alfabetizados. Se com todo avanço estrutural e tecnológico, nos deparamos com situações medievais. Imaginem colegas se não resistirmos. Lembrem-se: “Não basta para ser livre  ser forte, aguerrido e bravo. Povo que não tem virtude acaba por ser escravo”. A ideia nota 10 agora é resista à pressão! Faça a sua parte nessa história. Quando eu voltar para a sala de aula e olhar para aquele aluno que logo reconheci defendendo suas convicções em praça pública(músico informal), com sua música que eu possa ter a dignidade de não só transmitir conteúdos, mas trocar informações e construir o verdadeiro conhecimento. Neste momento essas são as minhas, ações e interações. Deixo uma solicitação respeito, dignidade e reconhecimento a todas as categorias, a minha também!  Karem Medeiros