domingo, 24 de maio de 2015

Sinais, símbolos, recordações ícones de uma vida.












Ao longo de nossa trajetória, vamos formando a representação de nossa existência simbolicamente através  de uma ou várias identificações, as vezes elas são percebidas imediatamente outras vezes levam anos para serem notadas. São talhadas em nosso corpo, face, mente de formas diversas...
Sinais, símbolos, recordações ícones de uma vida.
Algumas surgem por passagens variadas que como pegadas vão marcando seu território tomam acento e se acomodam registrando uma cena vivida, momentos de desagravo, dias esplêndidos, doenças, grandes ou pequenos acidentes, como artista vão nos moldando a cada referência da obra.
Outros agregam a estas marcas pré-estabelecidas e acentuam cada momento tatuando ou moldando o corpo para não esquecer determinado instante ou perpetuá-lo. Ao falar em marcas, cicatrizes, tatuagens sinais lembro que é comum referir-se na maioria das vezes a uma representação, mas não podemos negá-las a competência de nossas vivências individuais ou coletivas, são mais que uma comunicação, ilustram a promessa da resistência do que passou em cada sinal,  gesto,  rosto,  sorriso e desgosto. Associar à personalidade as marcas pode ser um exagero, mas não seria uma tortura mental  lembrá-las e associá-las a capacidade humana de resiliência se assim o quiser. O fato é que criamos e nos recriamos o tempo todo. Temos a habilidade de nos manter em pé o máximo possível, mesmo sentindo os lampejos de cada momento. Assim, estabelecemos a essência da vida e a arte de ficar bem com todos os sinais expressos. O resultado pode ser como só um artista impressionista saberia inscrever de modo a fazer-te sorrir ou simplesmente desistir de entendê-los.



Penso que todas as impressões talhadas em um ser são o contexto de sua obra física e emocional e me encanta ver cada trabalho constituído ao longo do viver.
Karem Medeiros