Cágado, café e pão 👀

  Meus queridos "expressares" tenho aparecido menos aqui do que gostaria, mas 'adivinha' a minha jornada certamente assim como a tua,  não tem sido em linha reta e percorrida de forma simples e romanticamente desenhada. Porém tem me trazido muitos saberes e alguns sabores e percebo estes dois em meus momentos dentro do casco, como um cágado coloco a cabeça para fora dou uma espiada, me torno instantâneamente resolutiva, executo funções esperadas e extraordinárias, resolvo demandas minhas e de outros,  parecendo organizada sobre a minha ótica. E por vezes o próprio caos. Assim que possível me recolho novamente. Entre esses períodos vou passando a minha trajetória por esse mundo. Tem dias que estou a fórmula do café passado na hora, só energia e alegria, já em outros sou o pão de ontem, ainda estou ali, mas acabada e nada atrativa. Nesse caso busco a filosofia ancestral e milenar da cozinha que me inspira neste e em vários momentos. Corto fatias (dividindo o que não teria solução), passo azeite ou manteiga em cada pedaço calmamente (valorando cada parte) polvilho alecrim(dando a devida atenção) e levo ao forno (tempo). Assim o alimento volta a mesa com aroma e cor novinha.                     Quando é comigo funciona o banho, perfume (para ficar em casa também) roupa confortável e lá vamos nós para o dia.  E (re) apareço fora da casca/casa/ proteção, na mesa, no blog contando pequenas fatias de uma reflexão de quem está por aí com a cartase que podemos aplicar sempre, a da cozinha que partilha o que todos sentimos e fazemos de forma consciente ou não, somos errantes em nosso livre movimento pela frequência da existência. E resolvemos estar ou não.                   

Karem Medeiros