quinta-feira, 27 de julho de 2017

Pagos

Em casa, no Alegrete. Especificamente em um Centro de Tradições Gaúchas, ao ver esses peões e essas prendas dançarem deslizando donos de uma elegância, e o porte, a força, o respeito de cada um dos envolvidos no bailar encanta...A quantidade de peças e acessórios (vestidos longos, saias, lenços, sombrinhas, bombachas, botas, camisas, casacos, coletes...) não diminui o galanteio do momento. Claro, não o vulgariza!
Talvez por isso nossa música e dança não ganhem os outros extremos do país. É uma forma diferente de corte...Mais trabalhosa e extremamente comprometida...
Esse voltar a querência deixa nítido o porque de eu ser bairrista. Quando aqueles guris e gurias puxam em uníssono:" eu sou do Sul, é só olhar para ver que sou do Sul"... Uma lágrima solitária rasga meu rosto que nesse momento tá vidrado naquela gurizada, mentalmente repito sou do Sul, da Fronteira Oeste e do Alegrete...
Sempre é bom estar em casa. Feliz de quem conhece e respeita suas raízes... Com os pés na base! Boa noite! Belo amanhecer! Energizando! Água do Ibirapuitã quem bebe sempre volta!
Karem Medeiros

domingo, 2 de julho de 2017

Reflexões acumuladas





             


        Dia frio, porém agradável a mim no hemisfério sul, daqueles apropriados para várias cuias de chimarrão, observar o dia lindo de sol e libertar os "pensos" guardados por tantas tarefas a serem executadas por dias a fio. Perdoem-me às reflexões acumuladas e aqui compiladas em um único texto... Mas como disse antes são muitas luas de introspeção.
       Se todo o ser vivo faz processos de vida e morte, trocas sucessivas e evoluções físicas e universais... Qual a dificuldade humana...  O apego!?

       A flora se despede de seus brotos, flores, folhas e enriquece o solo transformado o que já foi vida em promessa de continuidade, em um processo natural, limpo e constante de algo que já serviu muito, mas hoje segue outro rumo para continuar servindo e não obstruindo... Nobre!
      Nossa espécie, humana (até me provem o contrário, sim às vezes tenho minhas dúvidas) poderia ter a humildade (não forçarei pedindo a grandeza) de abrir suas gavetas intelectuais, seus armários emocionais e seus labirintos pouco éticos para com reverência e boa intenção observar a natureza e deixar as coisas fluírem, mudarem...    Transformar!
       A intolerância, ganância, poder (palavrinha perigosa, na maioria dos casos ele verdadeiramente é tão pequeno ao olhar astral, e vai custar tão caro justificá-lo), arrogância, difamação, vaidade...   Carecemos de observar, silenciar, ajudar, cultuar o silêncio... PACIÊNCIA!     
       Lembrar que não somos um, oito, ou quarenta...  Somos dezenas, centenas, milhares...  Olhar para as possibilidades sem atrelá-las as suas necessidades particulares é primordial. Prestar atenção à voz interior, questionar suas verdades, aprender com os erros (seus e dos outros), se fazer verdadeiro e não oportunista, se você não se ocupa com Ser, tem medo da sua consciência... Sabes melhor que ninguém estas construindo seu futuro escolhendo os caminhos no presente.  Estas sementes lhe garantirão um tipo de colheita.
     Só não pega depois a mão de teu semelhante, com o olhar desgastado e a inveja lasciva (própria de quem não constrói, apenas usufrui) e reclamas de teu destino. Porque como todo o humano a ti também foi dada a chance desde menino de fazer tuas escolhas...
     Não me aproprio de nenhuma religião, apenas da espiritualidade para dizer que o universo é sábio ao permitir um ciclo completo para toda a expressão de vida. Cada um é capaz de uma forma de experiência!  Mais um momento de gratidão pelas minhas escolhas!                                                                 Karem Medeiros
Karem Medeiros